“Somos estudantes preocupados com a nossa formação e a incapacidade de cada recém-graduado ter acesso a uma vaga”, disse à agência Lusa a presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM).

Com dezenas de folhas preenchidas pelas 5.000 assinaturas – de um universo de 12.000 estudantes – Ana Rita Ramalho foi a voz destes futuros médicos que defendem um “debate alargado e transversal relativo à formação médica em Portugal”.

“A incapacidade de assegurar vagas para os recém-graduados compromete a formação dos futuros médicos e ameaça a qualidade dos cuidados de saúde”, adiantou.

Apesar de já ter feito chegar ao governo uma proposta que responda à “falta de planeamento” nesta área, a ANEM não obteve resposta, pelo que avançou para a recolha de assinaturas que, perante o número reunido, terá de resultar num debate parlamentar, em comissão e em plenário.

“Os jovens médicos querem prestar os melhores cuidados médicos em Portugal e por isso querem uma boa formação”, adiantou.

O protesto acontece num dia especialmente importante para estes estudantes, uma vez que se realiza hoje o teste nacional de acesso à especialidade médica, a prova Harrison.

“Cerca de 2.500 colegas estão na sua batalha nas salas de aula e nós estamos aqui na batalha pela formação médica em Portugal”, disse.