“A situação é consideravelmente mais favorável do que aquela que testemunhámos durante a tarde, contudo continuamos com cinco frentes nas zonas de Carvalho, Covões, Aldeia Cimeira, Candal e Catarredor”, disse Pedro Nunes, num ‘briefing’ realizado no posto de comando instalado na Selada do Braçal, concelho de Góis, junto à estrada nacional (EN)112.

O adjunto do Comando Nacional informou ainda que estão no terreno cerca de 900 operacionais, apoiados por 300 veículos, a que se deverão juntar mais um grupo de 50 bombeiros, com chegada prevista para o meio da noite, assim como outro grupo de bombeiros florestais vindos de Espanha, que prevê chegarem pela manhã.

"Temos ainda apoio sanitário por parte do INEM e da Cruz Vermelha, estacionados em Arganil, na Pampilhosa da Serra e em Góis. Vêm ainda dois grupos, um de 50 operacionais que vai chegar durante a noite, num total de 100 bombeiros, incluindo os bombeiros florestais que chegam de Espanha ao teatro de operacionais ao longo de amanhã", acrescentou o operacional de combate às chamas.

Pedro Nunes adiantou ainda que a frente de fogo na Lousã vai ser combatida por dois grupos de bombeiros de Lisboa e Setúbal, “para que durante a noite se possa liquidar todo aquele perímetro, de forma a que se possa impedir que o fogo chegue à zona da Lousã”.

“Todas as frentes são preocupantes, mas seriam mais ainda se tivéssemos pessoas ou bens em perigo, uma situação que felizmente não se põe”, ressalvou Pedro Nunes.

Também presente no ‘briefing’ à imprensa, Lurdes Castanheira, presidente da Câmara de Góis, sublinhou que as 155 pessoas retiradas das respetivas casas estão a receber apoio psicológico e social em colaboração com a Segurança Social e técnicos municipais.

“As pessoas estão a ser apoiadas quer em termos de alojamento, quer em termos de alimentação, em equipamentos municipais e equipamentos cedidos por IPSS”, esclareceu a autarca, frisando que “ainda não é líquido que haja habitações destruídas”.

“É prematuro dizer que há casas destruídas, sabemos sim que as pessoas estão confortavelmente instaladas. Ainda não sabemos quando poderão regressar, mas ao que tudo indica, se as temperaturas nos ajudarem, se houver alguma humidade durante a noite e se amanhã o dia estiver mais calmo que o de hoje, seguramente faremos um reconhecimento da área ardida e das condições das habitações e poderemos, entre amanhã e quinta-feira, reinstalar as pessoas”, considerou Lurdes Castanheira.

O secretário de Estado da Administração Interna já tinha dito, ao fim da tarde, não haver povoações em risco, frisando que a relocalização de 155 pessoas para o quartel de bombeiros de Góis foi feita “por mera precaução”.

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