“Eles podem entrar na Generalitat, mas não vamos facilitar”, sublinhou Jordi Trull, citado pela agência noticiosa Efe.

“A lei é muito clara: a direção máxima dos Mossos d’Esquadra [Polícia autonómica catalã] corresponde ao Governo, não há espaço para qualquer interpretação, é assim”, afirmou Turull à emissora de rádio catalã Rac1, acrescentando que “quem está fora do quadro legal é o Ministério Público”, que ordenou a coordenação.

O Ministério do Interior assumiu no sábado a coordenação das forças de segurança na região autónoma espanhola da Catalunha, mas as competências dos Mossos d’Esquadra mantêm-se.

A decisão foi solicitada pelo Ministério Público, tendo o Ministério do Interior comunicado à Generalitat o envio para a região de unidades da Polícia Nacional e da Guarda Civil para apoiar os Mossos d’Esquadra na manutenção da ordem pública.

Segundo a Efe, esta coordenação é no essencial, semelhante à que foi acionada nas operações após os atentados em Barcelona e em Cambrils, na segunda quinzena de agosto.

Quanto à possibilidade de as escolas não abrirem para aceitarem as assembleias de voto para o referendo, Turull afirmou: “O que o Estado faz não é connosco”, e acrescentou: “Deve haver uma resposta cívica, pacífica e multitudinária”.

“Em breve saberemos se somos chamados às mesas de voto, mas não me diga como ou quando, porque estamos sitiados”, explicou o conselheiro da Presidência da Generalitat, que questionado sobre a possibilidade de a Guarda Civil entrar na sede de Governo da Catalunha, em Barcelona, respondeu: “Eles são capazes de qualquer coisa, mas não vamos facilitar se eles fizerem uma alarvidade dessas”.

“Eles podem deter os conselheiros, podem fazer qualquer coisa, mas cada passo que dão é um ‘boomerang’ para eles. Se eles têm que nos deter, detenham-nos. Isso está agora nas mãos das pessoas!”, declarou.