Na conferência de imprensa para apresentação do Orçamento da Segurança Social para o próximo ano, em Lisboa, o governante considerou que “não é possível” ainda saber quanto é que o Governo vai disponibilizar em apoios para ajudar as vítimas dos incêndios, uma vez que as câmaras municipais estão a fazer o levantamento da situação.

“Seria precipitado avançar esse valor”, mas “iremos disponibilizar aquilo que for necessário com base nos nossos critérios”, afirmou Vieira da Silva.

O ministro explicou que “a filosofia” será a mesma seguida nos incêndios de Pedrógão Grande, mas o plano a adotar pelo Governo poderá ser diferente, sobretudo por tratar-se de “um universo mais amplo”.

As ajudas da Segurança Social serão ao nível de apoios sociais e, para as empresas, “apoio no domínio de isenção contributivas” e apoios ao emprego, acrescentou o governante.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.