"Com este impulso dos Comités Locais de Abastecimento e Produção (CLAP), começa o sistema popular de distribuição de alimentos casa a casa", disse o presidente Nicolás Maduro numa transmissão da TV governamental no estado de Vargas (norte). O governo distribuirá bolsas de alimentos aos beneficiários dos seus programas sociais por meio de um "cartão de abastecimento certo (...) para que todas as pessoas estejam recenseadas e asseguradas", explicou o presidente.

Maduro afirmou, ainda, que o cartão procura garantir a entrega de um "subsídio direto ao lar que dele necessita" e evitar a revenda de produtos subvencionados pelo Estado com preço inflacionado, uma prática conhecida na Venezuela como "bachaqueo". A iniciativa soma-se a uma série de medidas tomadas pelo presidente venezuelano para combater a falha de abastecimento de mais de dois terços dos produtos básicos. No final de fevereiro, Maduro anunciou a criação de uma empresa produtora de alimentos administrada pelos militares e pôs em andamento um programa de agricultura urbana. O governo atribui a falha de abastecimento a uma "guerra económica" lançada por empresários para desestabilizá-lo.

Em contraste, os produtores queixam-se de que não recebem divisas do Executivo para adquirir matérias-primas e produzir no país, razão pela qual têm uma dívida de 12 mil millhões de dólares junto a fornecedores internacionais. A Venezuela atravessa uma séria crise, agravada pela queda dos preços do petróleo - que é responsável por 96% das divisas do país - e que se traduziu numa carestia que afeta mais de dois terços dos produtos básicos, com uma inflação de 180,9% em 2015.

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