O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, acredita que o “nível elevadíssimo de indignação” dos professores contra a não contagem de tempo de serviço previsto na proposta do Orçamento do Estado (OE 2018) deverá refletir-se na adesão à greve marcada para quarta-feira.

“É inaceitável a perda de tempo de serviço. Aceitamos negociar, mas não aceitamos perdas de serviço que já cumprimos”, disse Mário Nogueira em declarações à Lusa, reconhecendo o peso orçamental que representa repor os valores devidos a “mais de cem mil pessoas”.

Também o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, Filinto Lima, acredita que terá um forte impacto a greve assim como a manifestação em frente ao parlamento no mesmo dia em que o ministro Tiago Brandão Rodrigues vai à Assembleia da República debater o OE na especialidade.

“Os professores estão muito revoltados em relação à contagem de tempo de serviço e acredito que, na quarta-feira, haverá um mar de gente em Lisboa, muitas escolas fechadas e alunos sem aulas”, disse à Lusa Filinto Lima.

O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, é mais cauteloso, mas reconhece que “há razões para os professores estarem preocupados”.

“Não posso fazer futurologia e como tal não sei o que vai acontecer. Sou diretor, mas também sou professor e pessoalmente posso dizer que há razões para os professores estarem muito preocupados”, afirmou Manuel Pereira.

A greve geral de quarta-feira foi anunciada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), FNE e Frente Sindical de Docentes, constituída por oito sindicatos de professores, sendo uma das principais razões deste protesto a forma como está previsto o descongelamento das carreiras que não prevê a contabilização dos anos congelados, ao contrário do que acontece com a restante Função Pública.

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