A iniciativa tinha prevista a entrega de cartões de sócios do SEP nas instalações da delegação de Coimbra, em protesto para com este sindicato que não se associou à greve marcada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo Sindicato dos Enfermeiros (SE), que começou às 00:00 de segunda-feira e que decorre até às 24:00 de sexta-feira.

O grupo de enfermeiros que "organizou a manifestação de segunda-feira e que organiza a vigília de hoje à noite [em frente ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra]" optou por lançar esta iniciativa como "uma forma de sensibilização do SEP para perceber" que os enfermeiros não estão "satisfeitos" e que não se sentem representados por este sindicato, explanou à agência Lusa Ana Paiva, uma das enfermeiras que pertence ao grupo de Coimbra que tem dinamizado os protestos.

O SEP "não nos representa e não representa a verdadeira vontade e interesses" destes profissionais de saúde, sublinhou Ana Paiva.

Apesar disso, até às 12:30 não tinha aparecido um único enfermeiro para uma iniciativa marcada para as 12:00 de hoje.

Ana Paiva aponta para a grande percentagem de sindicalizados do SEP em Coimbra e para a grande influência deste sindicato na região como explicação para não aparecer ninguém.

No entanto, alega que vários enfermeiros já enviaram, por carta ou por ‘e-mail', pedidos de dessindicalização.

"As pessoas foram partilhando, no Facebook, fotografias de cartões partidos e de cartas de dessindicalização", sublinhou a enfermeira que decidiu há um mês sindicalizar-se no SE.

O dirigente do SEP, Paulo Anacleto, referiu que o foco agora está "no processo negocial em curso com o Ministério [da Saúde]", sublinhando que o sindicato faz a análise dos enfermeiros que entram e saem do sindicato mensal e trimestralmente.

No entanto, o dirigente sindical referiu que a análise "não está feita".

"A adesão ao sindicato é livre, assim como é livre a saída das organizações sindicais. Até hoje, entraram muitos e muito saíram e vai continuar assim", vincou.