O Líbano assinou recentemente o seu primeiro contrato de prospeção de hidrocarbonetos no Mediterrâneo com um consórcio formado pelo grupo petrolífero francês Total, o italiano ENI e o russo Novatek.

Estão em causa duas jazidas, uma delas a jazida 9, uma parte da qual se encontra numa zona marítima disputada com Israel.

“Nesta batalha, a única força de que vocês dispõem é a resistência”, declarou num discurso televisivo o líder do Hezbollah, peso pesado da vida política libanesa e inimigo figadal de Israel.

“Se Israel vos ameaça, vocês podem ameaçá-lo”, afirmou, interpelando o Governo de que o seu partido faz parte.

“Se os americanos vos pedem para cooperar com eles para dissuadir Israel (de fazer a guerra), digam aos americanos que respondam às vossas reivindicações” se querem dissuadir o Hezbollah de se lançar num conflito, acrescentou Nasrallah, cujo movimento travou uma guerra com o Estado hebreu em 2006.

O dirigente xiita instou também o Governo a negociar “em posição de força”, referindo-se à mediação norte-americana em curso.

Os Estados Unidos enviaram a 06 de fevereiro a Beirute o secretário de Estado adjunto para os Assuntos do Médio Oriente, David Satterfield.

O périplo do governante norte-americano, que dura há dez dias, juntou na quinta-feira à visita a Beirute do chefe da diplomacia, Rex Tillerson, no âmbito de uma digressão regional.

Tillerson disse na quinta-feira que foram feitos contactos “com os Governos do Líbano e de Israel para assegurar que a fronteira [entre os dois países] se mantém calma”.