Stein disse no seu site nesta sexta-feira ter arrecadado mais de 4,8 milhões de dólares (4 milhões e meio de euros), dos sete milhões necessários para financiar uma nova recontagem em três estados-chave: Wisconsin, Pensilvânia e Michigan. Todos estes estados foram ganhos por Donald Trump com margens relativamente pequenas.

"Agora que terminámos de angariar fundos para a recontagem de votos em Wisconsin (onde vamos iniciar os procedimentos na sexta-feira) e na Pensilvânia (na segunda-feira), vamos concentrar-nos em obter os fundos necessários para a recontagem de votos no Michigan" até quarta-feira, informou o site da candidata.

"Estas novas recontagens fazem parte de um movimento eleitoral que busca assegurar a integridade (do processo) e mostrar que o sistema eleitoral americano é pouco confiável", acrescenta a página.

A equipa de campanha de Stein encontrou "anomalias estatísticas" nos três estados, que "suscitam dúvidas".

Essas novas recontagens relançam a controvérsia sobre a segurança do sistema eleitoral americano, depois de os Estados Unidos terem acusado a Rússia de ter orquestrado espionagens informáticas (incluindo ao Partido Democrata) para influenciar na corrida eleitoral.

No Wisconsin o pedido de recontagem deu entrada na noite desta sexta-feira.

Nacionalmente, a candidata democrata Hillary Clinton conseguiu dois milhões de votos a mais que seu rival republicano, segundo os cálculos do Cook Political Report.

A equipa de campanha de Jill Stein encontrou "anomalias estatísticas" em alguns Estados

A vantagem de um ponto e meio não muda em nada o resultado da eleição, pois Trump conseguiu a maioria dos delegados do Colégio Eleitoral (290 contra 232) para chegar à Casa Branca.

Clinton aceitou a sua derrota. Nos estados que vão agora ser recontados, perdeu em Wisconsin (10 delegados) por 27.000 votos e na Pensilvânia (20 delegados) por 60.000 votos.

No Michigan (16 delegados), a diferença é de 10.704 votos, segundo dados ainda não oficiais.