Segundo o Washington Post, o último membro do quarteto, que ainda não tinha sido identificado, será El Shafee Elsheikh, um londrino de 27 anos "cuja família fugiu do Sudão nos anos 1990". O ex-combatente ainda viveria na Síria, segundo o matutino, e manteria contato com a família, mas não com a mãe, que afirmou ao jornal sentir horror pela conversão do filho ao grupo. "Não, este menino já não é meu filho, não é o filho que eu criei", afirmou Maha Elgizouli.

Segundo os depoimentos da mãe de El Shafee e de uma pessoa próxima do quotidiano do jovem, ele levava uma vida normal, "torcendo pelo clube de futebol Queen Park Rangers e trabalhando como mecânico". Mas tudo mudou radicalmente após a prisão e condenação do seu irmão num caso de direito comum. A partir deste momento, El Shafee intensificou o contato com um imã (pregador do culto islâmico) do oeste de Londres, conhecido pelo seu extremismo. "Mãe e filho discutiram durante horas as suas diferentes interpretações do islamismo", segundo o Post.

Além de "Jihadi John" e El Shafee Elsheikh, os outros dois membros do quarteto chamam-se "Alexanda Kotey, cujo paradeiro é desconhecido", e "Aine Davis, preso no ano passado na Turquia", detalha o jornal, que diz que "os quatro britânicos cresceram no mesmo bairro do oeste de Londres, mas não ficou claro se já se conheciam antes de partirem para a Síria".

A figura mais conhecida do quarteto era Mohammed Emwazi, conhecido como "Jihadi John" (John, o jihadista), que aparece em diversos vídeos de decapitação de reféns e que morreu em novembro de 2015 num bombardeamento em Raqqa, leste da Síria. Os prisioneiros ocidentais tinham-lhes dado o nome de "Beatles" pelo sotaque britânico dos quatro extremistas. Segundo o BuzzFeed, o quarteto decapitou "sete reféns britânicos, americanos e japoneses", e 18 membros do Exército sírio. 

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