O IGAS (Inspeção Geral das Ações em Saúde), departamento do Ministério da Saúde, abriu um inquérito ao Hospital de Cascais, unidade médica onde a jovem de 17 anos que morreu por complicações decorrentes do sarampo esteve internada antes de ser transferida para o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, onde viria a morrer por uma situação clínica infeciosa com pneumonia bilateral –complicação respiratória do sarampo”.

Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas à margem da cerimónia que assinala a colocação de equipamentos de rádio do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) no Hospital de Santa Maria, onde disse ter falado com a inspetora-geral das Atividades em Saúde sobre o assunto.

“Sempre que acontece alguma dúvida sobre procedimentos ou comportamentos, nós atuamos de imediato. Já hoje falei com a senhora inspetora-geral das atividades em saúde, que está naturalmente interessada e que tomou o processo em mãos para também lá mais à frente esclarecer as pessoas, os cidadãos, sobre se houve ou não algum procedimento menos adequado”, afirmou o ministro quando questionado sobre os casos de sarampo no Hospital de Cascais, onde poderá ter sido contaminada a jovem de 17 anos que acabou por morrer esta semana.

“A partir do momento em que a senhora inspetora-geral se interessa pelo caso, não tem outra forma de trabalhar que não seja a abertura de um inquérito. Significa que hoje mesmo determinou a abertura de um inquérito”, acrescentou Adalberto Campos Fernandes.

Vários casos de sarampo foram registados no Hospital de Cascais, entre os quais profissionais de saúde que terão sido contaminados por uma criança doente que não estava vacinada e ali foi internada, assim como a jovem de 17 anos que, devido ao agravamento do estado de saúde, foi mais tarde transferida para o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, onde acabou por morrer na quarta-feira.

Até ao momento foram registados 21 casos de sarampo no surto epidémico que afeta Portugal.

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