“O islão não é uma religião de terroristas só porque uma minoria que interpretou mal algumas leis começou a aterrorizar inocentes”, disse Al Tayeb durante uma conferência de paz celebrada no Cairo na qual participou o papa Francisco.

Depois de se reunir com o papa Francisco, Al Tayeb também sublinhou a principal causa dos problemas que o mundo enfrenta “é o tráfico e o comércio de armas”.

Al Tayeb acrescentou que “a única solução (para avançar para a paz) é recuperar a consciência perante a mensagem de três religiões monoteístas.

O papa Francisco, que hoje iniciou uma viagem de dois dias ao Egito, apelou para que os líderes religiosos reunidos no Cairo digam um “forte e claro não” a toda a violência em nome de Deus e alertou para “a instrumentalização” da religião por parte do poder.

“Repitamos um `forte e claro não´ a qualquer forma de violência, vingança e ódios cometidos em nome da religião ou em nome de Deus”, disse o pontífice numa conferência internacional de paz que hoje termina na capital egípcia.

O papa advertiu neste encontro organizado pela Universidade de Al Azhar, instituição de referência para os muçulmanos sunitas, que os responsáveis religiosos são chamados a “desmascarar a violência que se veste de uma suposta sacralidade”.

Na visita que esta a realizar ao Egito, Francisco vai deslocar-se num veículo não blindado e segundo o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, as medidas de segurança serão iguais às de outras viagens do papa.

A deslocação ao Cairo, adiantou Greg Burke, tem um triplo significado: pastoral, de encontro com a comunidade católica local; ecuménico, através de reuniões com os cristãos coptas; e inter-religioso porque prevê encontros com representantes muçulmanos.