Em declarações aos jornalistas, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia, Manuel Carvalho, indicou que será "mantida vigilância" e garantiu que "não existe perigo para a população nem para a fábrica vizinha".

"Os feridos [dois graves e três ligeiros que foram encaminhados para o Hospital de São João no Porto, bem como para o Hospital de Gaia] têm queimaduras no corpo", disse o comandante sobre um incêndio que terá tido origem num curto-circuito.

Quanto aos dados, Manuel Carvalho descreveu que a oficina de lavagem de camiões de transporte de produtos químicos, localizada na rua do Chouso, Vila Nova da Telha, concelho da Maia, ficou "totalmente destruída".

As chamas também atingiram dois camiões cisterna e quatro carros e uma fábrica de garrafas de oxigénio situada ao lado da oficina que incendiou está "parada por precaução", indicou a mesma fonte.

No local vão permanecer seis viaturas e 18 operacionais, não sendo possível adiantar durante quanto tempo se manterá o período de vigilância.

"Temos de ir analisando o teatro de operações", disse Manuel Carvalho.

Ao todo, para combater um incêndio que de acordo com o registo da "chamada de alerta" do INEM teve início cerca das 11:30, estiveram no local oito corporações: Moreira da Maia, Matosinhos-Leça, Leça do Balio, Pedrouços, Leixões, Portuenses, Ermesinde e S. Mamede de Infesta.

Também o vereador da Proteção Civil da Câmara da Maia, Mário Neves, procurou transmitir "tranquilidade" face ao estado desta ocorrência, apontando que lhe foi transmitido que "tudo está controlado".

O autarca indicou que a fábrica "labora há alguns anos em situação irregular", correndo em tribunal um processo movido pela autarquia.

"Mas não se pode relacionar a falta de licenciamento com o sinistro. Sei que cumpriam as medidas de autoproteção. Sabíamos, aliás, que iam cessar a laboração dentro de 15 dias. Os factos conduziram à cessação antecipada e de forma mais dramática", disse Mário Neves.

O incêndio deflagrou a cerca de 150 metros do aeroporto de Francisco Sá Carneiro num armazém onde trabalham 11 pessoas.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da ANA - Aeroportos de Portugal, afirmou que, apesar da proximidade da fábrica ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, o incêndio "não afetou em momento algum" a descolagem ou aterragem de aeronaves.

O perímetro de segurança, às 15:15, que é controlado pela GNR mantém-se montado no local, onde também permanecem alguns populares.