Segundo a adjunta de operações da ANPC, Patrícia Gaspar, que falava no ‘briefing’ da manhã de hoje, as vítimas mortais foram registadas nos distritos da Guarda, Coimbra, Viseu e Castelo Branco.

Patrícia Gaspar disse ainda que no domingo foram registados mais de 500 fogos e, desde as 00:00 de hoje, as autoridades já registaram 110.

Segundo disse hoje à Lusa Jaime Marta Soares, da Liga dos Bombeiros Portugueses, no distrito de Coimbra foram registadas vítimas mortais em Oliveira do Hospital (cinco), São Martinho da Cortiça (um), Penacova (dois), Arganil (um) e Tábua (dois).

Em Viseu foram registadas vítimas mortais em Santa Comba Dão (dois), Nelas (um), Vouzela (quatro), Tondela (três), Carregal do Sal (um).

Em Castelo Branco foi registado um morto em São Jorge da Beira e na Guarda outra vítima mortal.

Segundo Jaime Marta Soares, houve ainda uma vítima mortal na A25 e duas no Itinerário Principal (IP) 3.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 27 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.