"Do meu lado, está mais calmo. Mas, apesar da humidade que entrou, ainda há alguns reacendimentos", disse à Lusa o comandante Vítor Machado.

O mesmo responsável adiantou ainda que durante a madrugada, no concelho de Vale de Cambra, arderam "duas casas de arrumos e uma escola que estava desativada, que ficou parcialmente afetada, além de dois veículos".

De acordo com a página oficial da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o incêndio em Vale de Cambra, distrito de Aveiro, mobilizava, às 10:30 de hoje, 292 operacionais, apoiados por 94 veículos.

O secretário de Estado da Administração Interna informou no domingo que as autoridades tinham detido em flagrante delito o presumível autor deste fogo, que deflagrou às 07:15 de domingo na zona de Macieira de Cambra.

Segundo Jorge Gomes, que falava à RTP num posto de comando instalado no concelho vizinho de Arouca, o homem foi "entregue de imediato à Polícia Judiciária", devendo ser presente hoje a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 20 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.

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