Segundo uma nota colocada hoje no 'site' da instituição, o transporte dos fardos de palha foi levado a cabo pela Direção de Transportes, com recurso a uma viatura pesada de grandes dimensões.

A ração foi transportada num veículo composto por trator e galera, a partir de um centro logístico em Moura, com destino a Poiares e Gouveia.

"A viatura foi conduzida pelos condutores sargento Gonçalves e cabo Gonçalves, que foram para a estrada motivados e com espírito de missão, cumprindo entre os vários pontos uma distância estimada de mil quilómetros", refere a nota.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

Hoje, o Governo prolongou novamente, até 15 de novembro, o período crítico de incêndios, que prevê a proibição de lançar foguetes e fazer queimadas e fogueiras nos espaços florestais devido às condições meteorológicas.

A prorrogação até 15 de novembro do período crítico no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios foi hoje publicada em Diário da República e é justificada pelas "circunstâncias meteorológicas excecionais".