“Temos três frentes ativas na Covilhã e chegamos a proceder a evacuações nas localidades de Casal da Serra e Cortes do Meios, para o pavilhão de Tortosendo, e temos no local cinco grupos de reforço e 13 meios aéreos nestes incêndios”, afirmou Patrícia Gaspar, da ANPC.

Esta responsável destacou o que chamou de “condições meteorológicas extremas” que estão a alterar as previsões da Proteção Civil: “Às 19:00 de sábado o incêndio da Covilhã estava numa encosta e tudo indicava que ia ser dominado. Mas o vento ganhou velocidade e deixou de ser possível” controlar a propagação do fogo.

As condições meteorológicas adversas também explicam que Proteção Civil tenha subido no sábado, e mantido hoje essa previsão, o nível de alerta para vermelho, o nível máximo de prevenção, em todo o país, à exceção de Évora, Lisboa e Setúbal.

Quanto a um balanço da situação de calamidade declarada pelo Governo, e que implicou um reforço de meios, nomeadamente, Patrícia Gaspar não quis ainda fazer o balanço, explicando ser ainda: “Temos de esperar até ao fim para perceber os resultados no terreno. É cedo para fazer essa avaliação”.

O balanço da Proteção Civil dá conta de quatro feridos nos incêndios nas últimas 12 horas, todos ligeiros, e de danos materiais em habitações na Covilhã, mas a ANPC não tem ainda indicação de primeiras habitações afetadas.

O balanço desde o dia 11 deste mês contabiliza no entanto 107 feridos devido aos incêndios, dos quais oito feridos graves, e 73 pessoas assistidas.

Cerca das 10:00, a página de internet da ANPC destacava, além do fogo na Covilhã, combatido por 376 operacionais apoiados por 110 meios terrestres, o incêndio em Ribeira de Pena, no distrito de Vila real, combatido por 191 operacionais e 57 meios terrestres.