“À luz das informações respeitantes ao recente testemunho de [James] Comey [ex-diretor do FBI], diante do seleto Comité dos Serviços de Inteligência do Senado, é importante que eu tenha a oportunidade de abordar estas questões”, anuncia Jeff Sessions, em comunicado.

Sessions argumenta que esta comissão da câmara alta do Congresso se afigura como o “fórum mais apropriado” para abordar “estes assuntos”, atendendo a que “leva a cabo uma investigação e tem acesso a informação relevante e classificada”.

O procurador-geral dos Estados Unidos não refere, porém, se a audição será pública ou se vai decorrer à porta fechada.

O ex-diretor do FBI testemunhou publicamente na quinta-feira, mas também foi realizado um encontro com o comité à porta fechada para discutir assuntos envolvendo informações classificadas.

O procurador-geral dos Estados Unidos tinha previsto comparecer na terça-feira diante de dois subcomités do Senado. No entanto, depois de alguns senadores democratas terem adiantado que pretendiam aproveitar a ocasião para o questionar sobre as suas supostas relações com o Kremlin e o seu papel na investigação da alegada ingerência russa nas presidenciais, Jeff Sessions decidiu falar diante do Comité dos Serviços de Inteligência.

Segundo os ‘media’ norte-americanos, o ex-diretor do FBI James Comey — demitido em maio pelo Presidente Donald Trump — disse ao Comité dos Serviços de Inteligência do Senado, durante a sessão à porta fechada, que Sessions poderá ter tido um terceiro encontro — até ao momento desconhecido — com o embaixador russo nos Estados Unidos, Sergei Kislyak.

O procurador-geral dos Estados Unidos anunciou, em março, que ia abster-se de acompanhar qualquer inquérito à campanha presidencial de Donald Trump, em 2016, após ter sido acusado de mentir sob juramento sobre contactos que manteve com o embaixador da Rússia em Washington.

Sessions admitiu então ter-se encontrado com o embaixador russo, Sergey Kislyak, mas afirmou que nunca falaram sobre qualquer tema da campanha eleitoral.

Contudo, Jeff Sessions, um dos primeiros apoiantes do Presidente, Donald Trump, e assessor político do então candidato republicano, não divulgou que manteve essas comunicações na audição da sua confirmação no cargo, em janeiro, altura em que foi questionado se “alguém afiliado” à campanha presidencial tinha tido contacto com os russos.

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