Para Jerónimo de Sousa, "repor as freguesias era uma condição fundamental para a própria descentralização".

"Fala-se hoje muito de descentralização e fazem-se propostas, como as faz o Governo PS. O secretário-geral do PS fez hoje um desafio para saber se nós acompanhamos ou não o Governo na sua proposta. Nós respondemos: é possível falar seriamente de descentralização ignorando as limitações financeiras e administrativas a que as autarquias têm estado sujeitas, procurando confundir transferências de responsabilidades com passagem de encargos?", questionou.

Segundo o secretário-geral do PCP, o "poder local pode decidir, deve decidir, não tem só que pagar", mas adiantou que "a proposta do Governo é que as autarquias paguem e o Governo decide".

"Com isto não estamos de acordo", afirmou.

Jerónimo de Sousa disse ainda que "não é possível falar seriamente de descentralização à margem da criação de regiões administrativas", nem "é sério falar de descentralização e de proximidade e, ao mesmo tempo, recusar a reposição das freguesias liquidadas como PS, PSD e CDS fizeram recentemente. Não podem ter dois pesos e duas medidas".

Durante o comício, o líder do PCP abordou ainda o tema das eleições em França, afirmando que "hoje, quando lemos e ouvimos certos dirigentes partidários e comentadores de direita, a propósito das eleições em França, insinuar semelhanças entre comunistas e Marie Le Pen, com a estafada teoria do anticomunismo primário que afirma que os extremos se tocam, não resistimos a dizer-lhes daqui, desta terra [Marinha Grande], que sabe bem do papel dos comunistas portugueses no combate ao fascismo, que não venham dar lições a quem tudo deu para conquistar a liberdade e derrotar o fascismo".

Para o líder do PCP, "em vez de insinuações torpes deviam era refletir sobre as causas que estão na origem do crescimento da extrema-direita e das forças fascistas e fascizantes na Europa e concluir que são as políticas dominantes ao serviço do grande capital monopolista que alimentam o monstro".

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