“Não haverá qualquer encontro com Pence. Os EUA pisaram uma linha vermelha que não deveriam ter ultrapassado”, declarou o assessor diplomático presidencial Majdi Al Jalidi à radio palestiniana.

Na quinta-feira, um destacado líder do movimento nacionalista Al Fatah, Yibril Rajoub, disse que Pence não era bem recebido na Palestina, após o anúncio de Trump e apesar de se ter planeado a possibilidade de não o receber, não havia sido anunciada até hoje.

A liderança palestiniana está reunida desde hoje de manhã, em Ramallah, para acordar as medidas a adotar em reação à declaração de Trump na quarta-feira, entre as quais poderá constar a revisão dos acordos de Oslo, dar por terminado o papel de mediador dos EUA no processo de paz, fortalecer a reconciliação palestiniana e pedir à ONU que delimite as fronteiras de Jerusalém.

Pence tinha previsto reunir-se com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e depois deslocar-se a território palestiniano para fazer o mesmo com o Abbas, as duas visitas que costumam realizar os representantes norte-americanos quando se deslocam à região.

A controversa decisão de Trump, criticada pela ONU, a UE e vários membros da comunidade internacional, gerou uma onda de protestos nos territórios palestinianos que continua hoje e já custou a vida a quatro pessoas em Gaza, duas em confrontos com o exército israelita e outras duas em bombardeamentos sobre a Faixa, em resposta ao lançamento de foguetes contra Israel.

Outras 170 pessoas na Faixa ficaram feridas, a maioria com munições reais nos membros inferiores, somando-se a outros tantos feridos em protestos na Cisjordânia, a maior parte com balas de borracha.

Para hoje estão convocadas novas manifestações de protesto em Jerusalém Este, Belém e outras cidades cisjordanas.

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