"Em última instância, é direito fundamental de uma mulher e dever fundamental do governo proteger o seu direito de ter acesso a templos hinduístas no estado de Maharashtra", sentenciou o alto tribunal de Mumbai. Na Índia, alguns templos desta religião impedem que as mulheres tenham acesso ao seu santuário, entre eles o famoso templo Sabarimala, que proíbe a entrada de todas as fiéis entre 10 e 55 anos.

A decisão do tribunal determina que as autoridades desse estado devem implementar uma lei de 1956 sobre o direito de culto, segundo a qual quem proíbe as mulheres de terem acesso a um templo deve ser castigado com até seis meses de prisão. Em janeiro, centenas de mulheres lideradas pela ativista Trupti Desai marcharam em proteto até o templo de Shani para criticar o que consideram um "símbolo da desigualdade de género" na Índia, intolerável no século XXI.