Kim Jong-un fez estes comentários numa reunião plenária do Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que abordou no sábado a situação do país, e aprovou algumas nomeações de altos dirigentes, informou hoje a agência estatal norte-coreana, KCNA.

“As armas nucleares da República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte) são um valioso fruto da sangrenta luta do seu povo para defender o destino e a soberania do país das prolongadas ameaças nucleares dos imperialistas norte-americanos", disse o líder durante a reunião.

Kim disse também que a situação atual demonstra que a sua política de apostar simultaneamento no desenvolvimento da economia e do seu arsenal nuclear foi "totalmente acertada", e pediu que se continue "de forma invariável por este caminho no futuro".

Segundo as declarações recolhidas hoje pela KCNA, o líder norte-coreano afirmou que "a economia nacional cresceu fortemente este ano", apesar das duras sanções impostas pela comunidade internacional em resposta ao programa nuclear e de mísseis do regime de Pyongyang.

Durante o plenário, que se realiza pelo menos uma vez por ano, a irmã mais nova do líder norte-coreano, Kim Yo-jong, foi eleita como um dos novos membros do comité permanente do politburo do partido, algo que é visto como um sinal de que está a ganhar cada vez mais poder dentro do regime norte-coreano.

Além disso, Choe Ryong-hae, um colaborador muito próximo do líder, tornou-se membro do Comité Central Militar do Partido dos Trabalhadores, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ri Yong-ho, foi eleito membro do comité permanente do politburo, segundo a agência de notícias estatal.

A reunião deste sábado ocorreu antes da celebração, na terça-feira, do 72.º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia, uma das datas mais importantes do calendário norte-coreano.