Jared Kushner, de 36 anos, que assumiu, tanto na campanha, como depois da vitória de Trump, um papel de destaque como intermediário nas relações com muitos países estrangeiros, terá que comparecer na investigação aberta pelo Senado sobre uma eventual interferência russs nas eleições presidenciais americanas de 8 de novembro de 2016.

Segundo o The New York Times, os senadores têm dúvidas, particularmente, em relação a uma reunião entre Kushner e o embaixador russo nos Estados Unidos, Serguei Kislyak, mas também com Serguei Gorkov, chefe do VenechEconomBank (VEB).

O VEB confirmou este último encontro, explicando que ocorreu no ano passado no âmbito das consultas para estabelecer a nova estratégia do estabelecimento.

"Dezenas de reuniões foram realizadas, também com a empresa de Kushner e com ele mesmo. Isso responde a práticas correntes das empresas", declarou aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O Kremlin afirmou ainda que não havia sido informado na altura sobre estes contactos, já que "se trata de um trabalho de rotina (...) que constitui uma prerrogativa da direção do banco".

As reuniões de Kushner mencionadas pela imprensa americana não são em si mesmas censuráveis, mas adquirem uma importância particular na medida em que o FBI, e várias comissões parlamentares, tentam determinar a natureza exata da intervenção russa nas eleições americanas de 2016.