Questionado sobre o ponto de situação deste projeto, na Praia da Vitória, na ilha Terceira, onde está sediada a base das Lajes, após assistir a um exercício militar, Azeredo Lopes explicou que, “neste último mês e verificado o claro apoio dos Estados Unidos”, o que o Governo considera “muito importante, embora não decisivo para o lançamento de um centro de segurança atlântica”, está a ser finalizado o modelo.

O ministro precisou que está a ser definido “o objeto mais interessante possível para este centro de segurança atlântica”, dado que estando definido à partida que ele ou será nas Lajes ou não será, "do que se trata agora é de o projetar" para um patamar superior.

“E o nosso objetivo é apresentá-lo para poder vir a ser o primeiro centro de excelência NATO em Portugal”, declarou Azeredo Lopes, frisando que para o Governo trata-se de “estabelecer uma fasquia alta, reforçar a dimensão transatlântica da segurança em que Portugal sempre foi um aliado confiável e seguro, não só dos Estados Unidos, como da organização NATO, e a partir daí atrair o maior número possível de países para" para ali se estabelecerem.

Segundo Azeredo Lopes, “isto significa países do universo NATO", notando que "vários já foram sondados e vários manifestaram já interesse em princípio por esta iniciativa”.

“Mas a verdade é que muito mais do que criar por criar um centro de segurança atlântica, o objetivo do Governo é criar algo que seja relevante em termos NATO e relevante em termos de contributo nacional e internacionalizado para a segurança”, adiantou.

O ministro acrescentou que esta matéria vai estar “seguramente” na próxima reunião da comissão bilateral permanente Portugal-Estados Unidos da América, em dezembro.

Para o ministro, este é um projeto que tem que "envolver sempre o Governo Regional", mas com ele o executivo nacional não pretende "compensar" qualquer falha que "exista neste momento a propósito, por exemplo, do dossiê Lajes”.

Em setembro, Azeredo Lopes propôs ao secretário da Defesa norte-americano, James Mattis, a criação de um centro de segurança atlântica na base das Lajes.

"Portugal considera que chegou a altura de apresentar novas ideias para valorizar aquele que é, de facto, um enorme ativo para a segurança atlântica. A ideia principal, o projeto mais ambicioso, é a constituição de um centro de segurança atlântica nos Açores, que vá muito à frente do academismo, e que represente a valorização de uma das principais capacidades de Portugal", justificou na ocasião Azeredo Lopes.

O ministro da Defesa referiu então que o centro pode inaugurar um novo capítulo para a base das Lajes e que o objetivo do Governo "é dinamizar, através de projetos novos, aquilo que pode ser o futuro do contributo das Lajes, e de Portugal, para a paz, segurança e defesa".

No mesmo mês, o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, afirmou que a criação do centro de segurança atlântica é uma proposta "lógica e perfeitamente concretizável".

“Acho que é uma proposta lógica e perfeitamente concretizável. Vem no sentido da valorização da ilha Terceira e da valorização da importância estratégica dos Açores, é uma das vias de concretizar e de dar sentido prático a essa importância”, sublinhou então Vasco Cordeiro.