Conhecida como “a mãe de todas as bombas”, foi desenvolvida para o Exército norte-americano por Albert L. Weimorts Jr., entretanto falecido, e começou a ser fabricada em 2001 no Laboratório de Investigação da Força Aérea.

Trata-se de uma bomba com um comprimento de 9,2 metros e um diâmetro de um metro, pesando 9,5 toneladas, dos quais 8,4 toneladas são explosivos de alta potência.

O diâmetro da explosão provocada por esta bomba atinge os 1,4 quilómetros e a destruição na zona de impacto provocada pela onda de choque é capaz de alcançar uma distância de 1,5 quilómetros do epicentro.

A bomba foi lançada hoje pela primeira vez em combate, uma vez que até agora apenas foi sujeita a testes, o primeiro dos quais em 2003 na Base da Força Aérea Englin, na Flórida. Um outro teste foi realizado a 21 de novembro do mesmo ano.

A utilização deste tipo de bombas termobáricas não é inédita. Albert L. Weimorts ter-se-á baseado no sistema de armas BLU-82B C/130, mais conhecidas por “daisy cutter” [corta margaridas em português].

Rui Cardoso, editor Internacional do Expresso, num vídeo para a rede social Facebook da publicação, explica que “trata-se de uma bomba consome todo o oxigénio da zona onde é lançada”. Com isso provoca duas ações, explica, “incinera completamente a área circundante e gera uma onda de choque muito superior à de uma bomba convencional. Estas bombas [as “daisy cutter] foram utilizadas no Vietname e Afeganistão e foram concebidas com o intuito de serem também "armas psicológicas".

Uma das principais características desta bomba, a capacidade de atingir grandes profundidades e destruir construções, como túneis, esteve na origem da escolha.

A bomba GBU-43 consegue atingir túneis com grande precisão, tendo sido esta a razão da sua escolha, já que, segundo o general John W. Nicholson, comandante das forças norte-americanas no Afeganistão, os jihadistas têm estado a trabalhar em defesas subterrâneas em bunkers.

Esta bomba não nuclear é considerada a segunda mais poderosa, só ultrapassada pelo artefacto explosivo russo FOAB, conhecido como “o pai de todas as bombas”.

Segundo o site especializado Deagel, cada bomba custa cerca de 15 milhões de euros. Os EUA terão duas dezenas de MOAB no seu arsenal militar.

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