De acordo com um comunicado da DGS, os dois doentes, diagnosticados na passada segunda-feira, iniciaram sintomas a 13 e 16 de novembro.

“Estes doentes foram alvo de investigação epidemiológica para apurar toda a evolução da doença. Por este motivo, estiveram anteriormente classificados ‘em investigação'”, refere o comunicado da DGS.

As autoridades consideram que “estes dois casos não significam o recrudescimento do surto” pois referem-se a doentes “cuja exposição à fonte de infeção foi anterior à tomada de medidas que interromperam a emissão de aerossóis”.

“Tendo em conta que a fonte emissora de aerossóis do Hospital de São Francisco Xavier foi encerrada no dia 04 de novembro, considera-se que estes casos se encontram ainda no período de incubação descrito na literatura médica, que pode ultrapassar os 10 dias”, explica a DGS.

“Poderão surgir casos isolados com eventual ligação a este surto. Estes eventuais casos, sempre excecionais, terão de aguardar por resultados analíticos para poder tirar-se conclusões”, acrescenta.

Os dois doentes, com idades superiores a 80 anos, com historial de doença crónica grave e fatores de risco, encontram-se internados em enfermaria, um no Hospital de São Francisco Xavier e outro no Hospital Egas Moniz, com situação clínica estável.

O surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier infetou pelo menos 56 pessoas com a Doença dos Legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia.

Das pessoas infetadas com a doença, todos com doença crónica e/ou fatores de risco, dois continuam internados nos cuidados intensivos e 14 na enfermaria. A maioria dos doentes (68%) têm idade igual ou superior a 70 anos.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.