A polícia corrigiu o balanço anterior de sete vítimas, ao indicar que uma pessoa ferida está em estado grave. Os ataques foram cometidos no sábado à noite em Kalamazoo County, cerca de 190 km a oeste de Detroit, e o suspeito foi detido pouco depois da meia-noite (hora local).

"Acreditamos que temos o nosso suspeito", declarou o tenente da polícia Dave Hines. Hines informou que aconteceram três tiroteios: um na área externa de um condomínio residencial, outro em frente a uma concessionária de veículos e o terceiro num restaurante.

O chefe do Departamento de Segurança Pública de Kalamazoo, Jeff Hadley, afirmou que o detido em questão era "um forte suspeito", enquanto a imprensa local anunciou que o perigo havia passado. Numa conferência de imprensa, o procurador do condado de Kalamazoo, Jeff Getting, identificou o supeito como Jason Brian Dalton, de 45 anos.

Getting informou que Dalton será indiciado na segunda-feira por assassinato. O suspeito é acusado de atirar contra oito pessoas, seis das quais morreram. Ainda não há informações sobre as motivações do agressor, apresentado como um homem branco, com cerca de 50 anos e que dirigia um carro Chevrolet azul.

O xerife adjunto de Kalamazoo, Paul Matyas, informou à rede americana CNN que os três tiroteios estavam relacionados. "Este é o pior pesadelo, quando temos alguém armado a disparar e a matar pessoas aleatoriamente", afirmou o agente ao canal 24 Hours News 8.

Um dos mortos no restaurante é um adolescente, enquanto pai e filho morreram na concessionária. O suspeito, que foi detido numa operação 'stop', não resistiu à prisão.

Ataques com armas de fogo nos EUA

Tiroteios são comuns nos Estados Unidos, onde as armas de fogo são de fácil acesso e seu porte é garantido pela Segunda Emenda da Constituição. Os tiroteios de Kalamazoo, condado de 76.000 habitantes, ocorrem num contexto de uma série de incidentes violentos. Entre os casos recentes está o ataque de San Bernardino em dezembro passado, com 14 mortos e 22 feridos; além do massacre da escola de Sandy Hook, em dezembro de 2012, que matou 20 crianças e seis adultos.

O presidente americano, Barack Obama, declarou, em janeiro, que uma das suas principais metas para este ano seria lutar contra a "epidemia" das armas, apesar do bloqueio do Congresso neste campo.

Os ataques com armas de fogo deixam 30.000 mortes por ano nos Estados Unidos, onde os tiroteios deste tipo estão a aumentar. De acordo com o site Gunviolencearchive.org, em 2015 foram registados 330 tiroteios em massa nos Estados Unidos, muito mais que no ano anterior (281). Os incidentes aconteceram em quase todo o país, tanto em cidades grandes quanto em pequenas.