“Entendo que fomos capazes de esgrimir os argumentos certos, isto é, o Porto tem não apenas todas as condições para acolher a futura sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA na sigla em inglês)”, como está “inserido numa região cujo rendimento per capita é inferior ao rendimento médio da União Europeia (UE)”, o que significa que “está em melhores condições para ser uma candidatura vencedora por parte do país”, frisou.

O Conselho de Ministros decidiu hoje que o Porto é a cidade portuguesa que “apresenta melhores condições” para acolher a sede da EMA, rejeitando assim candidatar a cidade de Lisboa para acolher a sede da EMA, anunciou hoje a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques.

O também vereador do PS na Câmara do Porto rejeitou a ideia de que esta tenha sido uma vitória sua, referindo que “esta é uma grande vitória do Porto” e este “é o momento de reclamar para o Porto esta vitória”.

“Sempre que o Porto ultrapassa as fronteiras das divergências e é capaz de se unir e mobilizar o melhor da sociedade portuense, o Porto é capaz de vencer”, vincou.

Para o socialista, “este percurso só foi possível graças à mobilização do conjunto de instituições públicas e privadas da Área Metropolitana do Porto (AMP)”, que o PS “induziu” a partir do momento em que levou uma proposta a reunião do executivo.

Contudo, ressalvou, “este é apenas o início do percurso”, porque “agora há que fazer uma grande candidatura nacional, há que manter e reforçar esse envolvimento para” que a cidade seja vencedora, “numa luta legítima na qual se opõem ao Porto cidades maiores que o Porto, de países maiores que Portugal”.

Entre as duas hipóteses que estavam em cima da mesa para o Governo escolher qual seria a candidata nacional - Lisboa e o Porto -, Pizarro disse que, quando colocadas lado a lado, “verifica-se com facilidade que o Porto não tem nada a perder com o confronto com outra cidade portuguesa”.

“Todo este processo de localização da EMA revela que, ao contrário do que muitos dizem, nem todos os partidos e nem todos os governos são iguais”, sublinhou.

Manuel Pizarro enalteceu o facto de o Governo de António Costa ter tomado uma decisão “na base de uma fundamentação” que ele próprio “entendia que era completa” e por isso “foi capaz de mudar de decisão quando lhe foram apresentados outros fundamentos e argumentos”.

“É absolutamente racional que um governo possa mudar a decisão quando lhe apresentam melhores argumentos”, disse, acrescentando que “o Governo reconheceu que havia argumentos que justificavam outra decisão, e eu acho isso bom, é natural que governos possam ser sensíveis a novos argumentos”.

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