"Teremos eleições [europeias] a partir de junho de 2019, portanto, entraremos em período eleitoral na primavera de 2019. O tempo que falta para pactos de regime não é muito longo. Nesse tempo, haverá? Eu desejo que sim, mas depende naturalmente dos líderes partidários", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, prometendo fazer o que puder "para estimular" esses acordos.

O chefe de Estado falava aos jornalistas à saída de uma visita ao Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, com os reis dos Países Baixos, após ser questionado sobre a situação do PSD, sobre a qual não quis falar especificamente.

"Eu não comento situações internas de partidos, são naturais em democracia", frisou. "Não comento os debates que já existam, venham a existir, em qualquer partido político", reforçou.

À saída desta visita, Marcelo Rebelo de Sousa foi também questionado sobre a possibilidade de o crescimento da economia portuguesa desacelerar, e considerou que "é cedo para se perceber", pois "depende muito do contexto europeu e mundial".

Quanto à situação política, o Presidente da República afirmou, em termos genéricos, que "tudo o que seja vitalidade dos partidos é bom para a vitalidade da vida portuguesa", e repetiu a mensagem que tem deixado sobre estabilidade governativa, existência de alternativas e acordos políticos.

"O ideal é a legislatura chegar até ao fim. O ideal é haver pactos de regime sobre duas ou três matérias fundamentais. O ideal é que, fora disso, haja confronto entre uma área de Governo forte e uma oposição forte, de tal maneira que os portugueses possam ter várias alternativas. Isso é que é importante", reiterou.

O chefe de Estado recordou que fez "apelos concretos, um deles na justiça" e apontou o setor da saúde como "de consenso implícito", e que "outros foram também falados, ligados com o Estado e com a reforma do Estado".

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "até agora, pode dizer-se que, tirando a saúde - em que, nalguns momentos, pareceu haver um pacto implícito, nos outros [domínios] - não se avançou muito".

"Agora, avança, não avança, no tempo que falta?", questionou.

O Presidente da República acrescentou que "compete aos partidos, que são muitos, no espectro parlamentar, mostrarem ou não disponibilidade", que fará o que puder "para estimular, como tem feito até agora, fará, mas depende da iniciativa dos partidos".

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