O novo presidente angolano, João Lourenço, tomou hoje posse em Luanda, numa cerimónia com mais de mil convidados nacionais e estrangeiros, incluindo 30 chefes de Estado e de Governo, entre os quais o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

No momento em que estavam a ser apresentados os dignitários estrangeiros presentes, Marcelo Rebelo de Sousa foi "cumprimentado" com assobios, num momento transmitido pela SIC. O momento tem duas leituras, enquanto uns falam em embaraço, utilizadores nas redes sociais explicam que o assobio é de cariz elogioso. No local, a Lusa escreve que Marcelo foi "fortemente aplaudido pelos presentes".

João Lourenço, general na reserva, de 63 anos, foi hoje investido, pelas 12:15, no cargo de Presidente da República de Angola, o terceiro que o país conhece desde a independência, em novembro de 1975.

O ato, presenciado por convidados nacionais e internacionais e milhares de populares, decorreu no Memorial António Agostinho Neto, em Luanda, no mesmo local e dia (26 de setembro) em que José Eduardo dos Santos foi investido pela última vez como chefe de Estado Angolano, após as eleições de 2012.

A cerimónia iniciou-se pelas 12:00, orientada pelo juiz conselheiro presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, que proclamou a eleição de João Lourenço e de Bornito de Sousa para os cargos, respetivamente, de Presidente e vice-Presidente angolanos.

Pelas 12:10, João Lourenço prestou juramento à nação, com a mão direita sobre a Constituição da República de Angola, assinando o termo de posse, cinco minutos depois.

Já investido nas funções de novo presidente da República, João Lourenço deslocou-se ao local onde se encontrava o Presidente cessante, José Eduardo dos Santos, para este lhe colocar o colar presidencial e lhe ceder o lugar, o que aconteceu pouco depois.

O ato marcou a saída do poder de José Eduardo dos Santos, que liderava o país desde 1979 - o segundo Presidente há mais tempo no poder em todo o mundo - e que não se recandidatou ao cargo nas eleições de 23 de agosto último.

A cerimónia terminou com o desfile dos três ramos das Forças Armadas Angolanas, seguindo-se a execução do hino nacional e disparos de 21 salvas de canhão.