"É uma boa ideia. Surge tarde, mas mais vale tarde do que nunca. Como é que a ideia vai ser concretizada, vamos ver. Tem o apoio de Portugal, tem o meu apoio e tem o apoio do Governo. Vamos ver se se concretiza rapidamente e bem", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República - que falava aos jornalistas no final da apresentação do livro do seu homólogo cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, "O Albergue Espanhol", que decorreu no Grémio Literário, em Lisboa - lembrou que o novo sistema europeu de resposta a catástrofes naturais hoje apresentado em Bruxelas "está por construir".

Questionado sobre se este sistema estivesse já operacional em junho os efeitos dos incêndios seriam bem menores, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu ser difícil saber.

"Não sabemos. É um sistema que está por construir e é pena que não estivesse ativo na altura. Para o futuro é bom que haja o sistema, que nasça bem e que esteja operacional. A ideia é muito boa e agora vamos ver se é rápida e eficiente", acrescentou.

Sobre o facto de o Governo ter estendido o pagamento de indeminização também aos feridos dos incêndios de Pedrógão Grande, o chefe de Estado salientou que desde o início defendeu "esse alargamento".

"Se for necessária uma lei, certamente a promulgarei. Mas provavelmente bastará ser aprovada por uma resolução do Conselho de Ministros", sustentou.

Relativamente às indeminizações que o Governo anunciou hoje que começarão a ser pagas sexta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se.

"Eu tinha dito que estava convencido que seriam pagas todas até ao fim do ano, se possível até ao Natal. Sendo antes, melhor", observou.