"As instituições só sobrevivem e afirmam a sua pujança se souberem respeitar-se e dar-se a respeitar, todos os dias, pela verdade da sua conduta, pela coerência dos seus princípios, pela credibilidade das suas lideranças, pelo seu constante e inexpugnável serviço à pátria comum", avisou.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas deixou esta mensagem na Cerimónia de Abertura Solene do Ano Letivo 2017/2018 da Academia Militar, no campus da Amadora, na qual discursou, escusando-se depois a prestar declarações aos jornalistas.

Marcelo Rebelo de Sousa começou por "saudar de forma efusiva a presença da delegação angolana" nesta cerimónia, onde esteve o Chefe do Estado-Maior do Exército de Angola.

No seu entender, "essa presença é simbólica do papel do Exército e em geral das Forças Armadas no diálogo fraterno entre estados e entre nações".

Depois, referiu-se à Academia Militar como "uma escola de líderes que formou mais de 15 mil alunos", entre os quais "sete antigos Presidentes da República", e como "uma reconhecida instituição de excelência, onde se cultivam os valores do patriotismo, do sentimento da honra e do dever, da ética, da liderança, da inovação e do rigor".

Dirigindo-se aos jovens formados por esta instituição, o Presidente da República disse-lhes que têm "a enorme responsabilidade e o gratificante privilégio de honrar o Exército sem defraudar a sua história secular" e que os novos oficiais da GNR irão cumprir "relevantíssimas missões de segurança, sempre tendo em atenção o que é ser-se uma força militar".

"Vós sois a garantia de que o prestígio do Exército, tal como o da GNR, será uma realidade permanentemente partilhada, sem dúvidas ou estados de alma, pelo todo nacional", prosseguiu, defendendo que têm "o dever estrito de ser os melhores dos melhores, todos os dias, ao serviço de Portugal".

"Os portugueses contam convosco e têm confiança nas vossas inquestionáveis capacidades de comando e orgulho no vosso competente profissionalismo, timbre daqueles que abraçaram por vocação e desafio de vida, com lucidez e sem temor, a carreira das armas", acrescentou.