“Quero felicitar a secretária de estado por em um ano e pouco meses por em pé uma estratégia nacional, que veio substituir uma que tinha esgotado o seu prazo de aplicação há mais dois anos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República referiu que já existe uma estratégia e meios de intervenção pensados para áreas como a saúde, habitação e empregabilidade.

“O recenseamento ultrapassou os números que pensávamos, são muitos mais milhares do que tínhamos pensado e em pontos do país que não tínhamos imaginado, como o caso de Santarém, que tem esse problema dos sem-abrigo com uma dimensão que não tínhamos imaginado”, salientou.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve hoje no pavilhão desportivo na Graça, em Lisboa, onde está a funcionar um centro de acolhimento para sem-abrigo, no âmbito do plano de contingência que foi ativado pela autarquia devido ao frio, garantindo que mantém a ideia de reduzir o número de sem-abrigo de forma significativa até 2023.

“Se o crescimento económico continuar e esperando que não haja nenhuma crise como a que vivemos. Se for assim estão a ser criadas condições pelo governo, pelas autarquias, misericórdias e muitas associações que estão no terreno a trabalhar todos os dias”, defendeu.

O Presidente da República, na visita que efetuou ao início da noite, foi conhecer o centro de acolhimento, acompanhado pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, deixando elogios ao espaço.

“Este é um exemplo de capacidade de resposta imediata do município de Lisboa, numa situação de contingência. Os munícipes de Lisboa mal souberam que havia este centro trouxeram roupa de forma espontânea e isso é muito importante para quem aqui chega”, defendeu.

Marcelo Rebelo de Sousa cumprimentou as pessoas que estavam a escolher a rouba que estava disponível, foi ver as refeições que estavam a ser preparadas e conversou com algumas pessoas que tomavam a sua refeição.

“Podem comer, ter roupa, têm aqui chuveiros e um espaço para se protegerem do frio, em noites que se preveem muito rigorosas e seguidas. Esta capacidade do município de Lisboa deve ser destacada”, elogiou.

O Presidente da República referiu ainda que as estações do metropolitano estão abertas porque esta é uma “situação de emergência” explicando que não existe capacidade para receber todas as pessoas num espaço.