“Eu acho que o país, nomeadamente o país metropolitano, o chamado Portugal litoral, naquela parte que porventura não estava desperta, acordou para esta realidade. E está a perceber como é fundamental, para não haver vários países, a várias velocidades, indefinidamente. Para não haver quebras de coesão social, para o país ser como um todo mais forte, como é essencial olhar para esta realidade”, disse Marcelo Rebelo de Sousa durante uma reunião com autarcas e população da Pampilhosa da Serra.

“Não é só um problema económico estrito, é um problema social importante para todos os portugueses”, disse o Presidente.

O Chefe de Estado lembrou que não foi a primeira vez que se deslocou este ano à Pampilhosa da Serra – concelho atingido por grandes incêndios florestais por três vezes nos últimos meses, a última no passado domingo – “e infelizmente por más razões”.

Antes da reunião, Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com um homem cuja mãe morreu no incêndio que deflagrou a 15 de outubro, mas cujo cadáver ainda não foi identificado, não tendo sido ainda possível realizar o funeral.

O PR comprometeu-se a intervir junto do Instituto Nacional de Medicina Legal “assim seja cientificamente e tecnicamente possível”, para tentar saber informações sobre a identificação dos restos mortais da vítima, que residia numa localidade isolada da Pampilhosa da Serra e estava sozinha em casa quando as chamas atingiram a habitação.

“Porque é uma segunda provação e uma segunda dor aguardar por análises e exames”, argumentou o PR.