Durante esta cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que decidiu doar os 45 mil euros que sobraram da sua campanha a uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) de Cinfães, "um município com uma situação muito carenciada em termos económicos", e a uma escola de Mogadouro, "que, pelos 'rankings', foi colocada em lugar mais baixo".

A IPSS é a Associação de Solidariedade Social e Recreativa de Nespereira, de Cinfães, no distrito de Viseu, que receberá 20 mil euros "para aquisição de uma carrinha de apoio domiciliário", enquanto a Escola Básica e Secundária do Mogadouro, no distrito de Bragança, receberá 25 mil euros, "para a instalação de um laboratório de ciências físicas e químicos", adiantou.

No espaço onde era sua sede de campanha, mesmo junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu "a confiança das portuguesas e dos portugueses, única razão de ser deste mandato, que o mesmo é dizer, desta missão", e declarou-se "feliz por servir os portugueses".

Marcelo Rebelo de Sousa disse que "não sonhava", há um ano, que neste seu primeiro ano em funções António Guterres seria eleito secretário-geral das Nações Unidas ou que a seleção portuguesa de futebol seria campeã europeia.

"Confesso que também considerava muito difícil, para não dizer praticamente impossível, chegar-se a um valor de défice como aquele para que apontam os dados últimos da execução orçamental", acrescentou.

O Presidente da República insistiu que "o lema para este ano e para os anos seguintes tem de ser: mais e melhor", reiterando que Portugal precisa de "muito mais crescimento económico" e, para isso, "de bastante mais exportações" e "de bastante mais investimento".

"Um ano e muitos milhares de pessoas e de quilómetros depois, sinto-me tão ou mais motivado do que no dia 24 de janeiro de 2016, por uma realidade muito simples: os portugueses são ainda melhores do que eu já então pensava", afirmou.

O Presidente da República elogiou os portugueses pela forma como, "no meio de tanta adversidade, pobreza, atraso, frustração ou desilusão", mostram "uma capacidade de lutar, se for preciso, sem limite" e conseguem "transformar o pior, aparentemente inevitável, no melhor possível. É assim a nossa gente".

"Servi-la é uma honra e uma felicidade", completou, adiantando: "Vou tentar neste segundo ano manter o mesmo ritmo e o mesmo objetivo de proximidade".

Quanto às contas da sua campanha, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que esta, "como é sabido, custou menos de 168 mil euros", e disse que na atribuição dos 45 mil euros que sobraram procurou seguir os critérios "mais próximos da objetividade".

Editado pela Presidência da República, o livro hoje lançado tem 149 fotografias de Rui Ochoa e Miguel Figueiredo Lopes, fotógrafos oficiais do Presidente, e 19 intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa, desde que anunciou que era candidato a Belém, em 09 de outubro de 2015, até às cerimónias fúnebres de Mário Soares, em 10 de janeiro deste ano.

O livro vai estar à venda no museu da Presidência da República, por 20 euros, mas existe também uma versão digital, que pode ser consultada gratuitamente em www.presidencia.pt/mrs/1anodepois.

Entre os discursos, estão "as três intervenções com os compromissos assumidos em campanha eleitoral".

O Presidente salientou que o livro não inclui "qualquer comentário ou introdução ou avaliação própria sobre o tempo decorrido", considerando que "compete às portuguesas e aos portugueses apreciarem o que foi feito ou deixou de o ser, comparando com o que foi prometido antes da eleição".