"Queremos que o nosso sistema de Segurança Social perdure no futuro, é ao que se chama, na linguagem dos especialistas, que seja sustentável. Quer dizer, que haja maneira de pagar indefinidamente, não é só por mais três anos, cinco ou dez anos: é indefinidamente", sustentou.

Na sua intervenção numa visita à Associação de Solidariedade Social e Recreativa de Nespereira, no concelho de Cinfães, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou a importância de se continuar a trabalhar para ir respondendo às necessidades de um Portugal que mudou e tem hoje um grande número de população envelhecida.

"Por outro lado, que se vá trabalhando também para garantir que a Segurança Social é sustentável e tem condições financeiras para continuar a dar aquilo que é necessário e, se possível, dar mais e melhor, mas continuar a dar, por um período muitíssimo mais longo de tempo", acrescentou.

O Presidente da República destacou que, de vez em quando, surge a preocupação em saber se haverá condições para pagar o sistema de Segurança Social atual.

"Lembro-me que, quando estava na liderança partidária, se discutia se chegaria, até que ponto no século XXI, até que ano. Depois houve mudanças nas leis e na forma de funcionamento e hoje já ninguém tem uma preocupação que havia há 20 anos, que era: como é que vai durar para além de 2020, mas 2020 é já depois de amanhã", referiu.

Aos presentes apontou que ouviu hoje "o senhor ministro [da Segurança Social] dizer que, pelo menos até 2030, tal como está o sistema, não havia nenhum problema de financiamento".

"Mas, foi o primeiro a dizer que estão a trabalhar para não ficar por 2030 e ir para lá em 2030. É bom que se trabalhe como se está a trabalhar, com qualquer dos governos, pois isto não é um problema de governo de uma cor ou de outra, é um problema do país", disse.

Ao longo da manhã, Marcelo Rebelo de Sousa visitou as instalações da Associação de Solidariedade Social e Recreativa de Nespereira, que recebeu parte dos 45 mil euros que sobraram da sua campanha presidencial.

Os 20 mil euros entregues em março serviram para a instituição comprar uma carrinha de apoio ao serviço domiciliário, que acabou por experimentar, numa altura em que seria feita a entrega de almoços.

Nesta ocasião foi ainda entregue um terço feito pelos utentes mais idosos da instituição, que solicitaram ao Presidente da República que o fizesse chegar ao papa Francisco, durante a visita que tem prevista a Fátima.