De acordo com Ana Gaspar, os "casos mais graves em [termos de] danos, que felizmente só são automóveis", aconteceram na Avenida Elias Garcia, e na confluência com a Avenida 5 de Outubro, devido à queda de ramos de árvores que atingiram carros que se encontravam estacionados na rua.

"Não houve queda de árvores, o que houve aqui foi queda dos ramos e houve cerca de 20 carros afetados", afirmou a presidente da Junta, em declarações à agência Lusa.

A par dos automóveis, "houve também um quiosque afetado", avançou a autarca, acrescentando que "até agora" a Junta não tem conhecimento de outras infraestruturas que tenham sido arrancadas ou danificadas devido à chuva e ao vento forte que se fez sentir durante a madrugada.

Apesar de a "maior preocupação" da autarquia se prender com a possibilidade da existência de feridos, isso "felizmente não aconteceu".

A presidente da Junta das Avenidas Novas disse à agência Lusa que no domingo à noite percorreu algumas artérias da freguesia com a sua equipa, para "ver se andava alguém na rua, e felizmente não havia", uma vez que "as pessoas perceberam que era um alerta vermelho" e permaneceram abrigadas.

Quanto aos trabalhos para remoção dos ramos caídos, "estão a decorrer, com ajuda obviamente da Câmara Municipal", e de "20 homens e duas máquinas" da Junta de Freguesia.

"Até ao final tarde está transitável a rua", estimou a presidente, elencando que "uma parte da [Avenida] Elias Garcia já está liberta", mas para já não é possível "ter uma previsão mais assertiva do que esta", dado que "ainda há muitos troncos" pendurados e no chão.

Quanto aos estragos, "vão ser cobertos pela Câmara Municipal de Lisboa", salientou Ana Gaspar.

A presidente da Junta observou também que esta é "uma zona muito arborizada da cidade", o que "tem custos", mas "as árvores têm sido podadas atempadamente".

Devido aos ramos que caíram, os espécimes "serão podados até não haver árvores desequilibradas", por forma a "não haver mais nenhum risco", explicou a autarca.

"Não podemos prever o alcance das tempestades, mas temos noção que há troncos que terão de ser cortados em função do equilíbrio e robustez da árvore, e isso vamos fazer, vai começar daqui a um bocado", elencou.

O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa registou, entre as 07:00 e as 10:15 de hoje, mais de uma dezena de quedas de árvores e de estruturas, disse à Lusa fonte da corporação.

De acordo com a mesma fonte, a ocorrência que "está a dar mais trabalho" é a da Avenida Elias Garcia, onde a queda de uma árvore durante a noite está a condicionar o trânsito.

"Não foram registados acidentes graves nem feridos na sequência das ocorrências", acrescentou.

Já a Proteção Civil registou desde o final da tarde de domingo e o início da manhã de hoje “um total de 3.187 ocorrências divididas por 1.997 quedas de árvore, 34 movimentos de massa, 370 inundações, 632 quedas de estruturas e 152 limpezas de vias, na sequência do mau tempo.

A tempestade Ana provocou ainda cinco feridos ligeiros e uma vítima mortal, devido à queda de uma árvore, 13 desalojados ou deslocados, devido a casas destelhadas e quedas de árvores sobre habitações.