Mais de 10 mil pessoas marcharam pacificamente em direção ao Coliseu acenando bandeiras e faixas nas cores verde e vermelho com o lema "Nuestra Europa".

Os manifestantes pedem às autoridades europeias que abandonem as políticas de austeridade e anti-migratórias, que violam os ideais fundadores da União Europeia assinados no Tratado de Roma em 1957.

Sob um sol de primavera e ao som da canção antifascista "Bella Ciao", os manifestantes marcharam atrás das bandeiras dos maiores sindicatos italianos e de organizações como o Greenpeace.

"Estamos aqui para pedir uma Europa que não defenda os bancos e a burocracia, que garanta os direitos dos trabalhadores e estudantes", disse à AFP o italiano Giovanni Zannier, de 22 anos, estudante de Relações Internacionais.

"A Europa está desintegrar-se, temos apenas dez anos para salvá-la", disse na sexta-feira o ex-ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis, um dos organizadores "da marcha para uma Europa diferente".

No Coliseu, uniram-se a outros manifestantes, os partidários de uma Europa federal.

Fortes medidas de segurança

As autoridades da capital organizaram um forte esquema de segurança, temendo atos de violência e vandalismo, além da ameaça de ataques após o ocorrido na quarta-feira em Londres e o ataque no aeroporto de Orly, no sul de Paris.

"Seremos sempre  europeus", dizia outro cartaz, criticando a decisão do Reino Unido de deixar a UE.

"Este é o 60.º aniversário de um tratado [Tratado de Roma] que foi assinado quando eu tinha 15 anos. Nasci com a guerra e o grande movimento europeu tornou-se, portanto, o meu ideal político", confessou à AFP Catherine Chastanet, uma parisiense reformada de 74 anos, que viajou de França para participar na marcha.

"Acreditamos que a Europa deve tornar-se um conjunto de Estados unidos", explicou por sua vez o italiano Sergio Enrico, de 77 anos, membro do Movimento Federalista Europeu (MFE), que marchava com a sua esposa.

Enquanto isso, numa outra praça da cidade, começou a marcha "Euro-stop", formada por muitos jovens, que marchavam em direção ao centro da cidade.

Trata-se do evento mais preocupante, uma vez que teve a adesão dos temidos "black blocks", formação anarquista que se distingue pela violência e pelos confrontos com a polícia.

Cerca de 5 mil agentes estão mobilizados na cidade. A polícia anunciou que encontrou esta manhã, a bordo de vários veículos, máscaras, barras de ferro e mochilas cheias de pedras, entre outros objetos.

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