Caldeira Cabral falava no lançamento da “primeira pedra” do projeto de expansão da “Prio Energy”, no terminal de granéis líquidos do Porto de Aveiro, onde a Prio vai investir 11 milhões de euros para aumentar a capacidade de armazenamento de combustíveis e gás natural liquefeito.

“Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal mostram que o investimento empresarial, que cria emprego, cresceu neste semestre 7,7%, relativamente a igual semestre do ano passado e o investimento estrangeiro aumentou 70% na indústria transformadora, face a igual semestre do ano passado”, indicou o governante.

Assim, “está a haver mais investimento privado, mais investimento empresarial do que no ano passado, o que demonstra maior confiança dos empresários”, declarou.

Já quanto ao investimento público, o ministro admitiu que tem ficado aquém do desejável, o que explicou com a demora dos concursos e com situações de bloqueio dos fundos comunitários que o Governo tem vindo a resolver.

“Quando entrámos para o Governo não havia um ‘pileline’ de projetos de investimento público que alimentasse o aumento do crescimento e por isso caiu. Por outro lado, muito dele é alavancado por fundos estruturais que estavam bloqueados, como os do PO-SUR, devido à transposição de uma diretiva comunitária, o que resolvemos em quatro meses negociando com a Comissão Europeia”, justificou.

O ministro da Economia aproveitou a deslocação à região de Aveiro para auscultar os empresários sobre o reforço da inovação e competitividade, durante um almoço debate promovido pela Associação industrial do Distrito de Aveiro (AIDA).

Manuel Caldeira Cabral levou aos empresários “uma mensagem de confiança” e a explicação das políticas de mobilização dos fundos comunitários, com novos instrumentos de apoio ao investimento e à iniciativa empresarial, em articulação com as universidades e centros tecnológicos, casos dos programas Indústria 4.0, Capitalizar, Compet e Start-up Portugal.

A agenda do ministro incluiu ainda a visita a duas empresas, na zona industrial de Albergaria-a-Velha: a Durit, empresa nacional que desenvolve e produz ferramentas e peças especiais, em metal duro, e a Grohe, fábrica de torneiras do grupo alemão instalada em Portugal, que é responsável por cerca de 25% da produção total da marca.