"Estamos em setembro, tenho a certeza absoluta que antes do fim do ano o processo de averiguações estará concluído", disse confiante o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, convicto de que o processo de averiguações às mortes de dois comandos durante um treino.

No final de uma visita ao Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE), em Lamego, Azeredo Lopes informou que para já ainda não há quaisquer dados sobre o inquérito de averiguações que está em curso para apurar os factos que levaram à morte dos dois militares dos comandos, que participavam num treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que decorreu no dia 04 de setembro.

"Gostaria de reiterar duas coisas, aquilo que é a dor e o sentimento de perda das famílias dos dois jovens que faleceram e isso é algo que não se pode corrigir, não se pode reparar no seu sentido mais amplo. Em segundo lugar, que o Exército está a desenvolver o seu processo de averiguações e que estou absolutamente convicto que esse processo será feito com transparência e rigor, para apurar a verdade dos factos", sustentou.

Aos jornalistas, o ministro da Defesa Nacional reiterou ainda que está confiante de que o Exército "levará a cabo este processo de averiguações em 2016, com o rigor que é exigível".

"Recordo também que estão a decorrer também outro tipo de apreciações, nomeadamente o processo de autópsia dos dois falecidos, e portanto, será preciso esperar por todo este conjunto de elementos, para podermos com serenidade dizer o que aconteceu e o que correu menos bem", acrescentou.

Quanto ao processo de inquérito transversal sobre as condições de formação, que foi desencadeado pelo Exército, o representante do Governo referiu que poderá vir a demorar mais tempo, escusando-se a abordar o assunto baseando-se em opiniões.

"Este processo irá, para lá do que eu acho, determinar se as condições são as que se devem manter ou se devem ser alteradas", concluiu.