Reforçar a economia da capital, investir no ambiente e nos direitos sociais e também na habitação são outras propostas para os próximos quatro anos, caso vença as eleições de outubro, de acordo com o discurso que hoje fez no Museu Oriente, em Lisboa.

A candidatura “Lisboa precisa de todos” promoveu hoje no Museu uma conferência chamada “Ideias para o governo da cidade”, que ao longo do dia juntou especialistas em temas que afetam a vida da cidade. Coube a Fernando Medina, com Helena Roseta, presidente da Assembleia Municipal, encerrar o debate.

O presidente da Câmara e candidato repetiu algumas ideias que já tinha deixado na apresentação da candidatura, a 26 de junho, mas centrou-se essencialmente na questão do crescimento económico da capital, e o turismo a ele associado, na qualidade de vida dos cidadãos e na habitação.

O debate de hoje, disse, é “o início de um caminho de participação” e de mobilização da cidade, estando a partir de hoje aberta a contributos e propostas a página da campanha na Internet.

No discurso de encerramento do debate disse que Lisboa vai reivindicar mais descentralização, falou dos transportes como um setor centralizado durante décadas e no qual “tudo correu mal”, e salientou que é preciso aproveitar o “tempo de bonança” para robustecer a economia.

E dentro desta o turismo, que vale hoje quase o valor de “três Autoeuropa”. “A qualidade de vida dos residentes manter-se-á enquanto houver um turismo forte”, defendeu.

Como defendeu também um “novo ciclo na agenda ambiental de Lisboa”, aproveitando ser a capital europeia com mais capacidade solar, que podia ser aproveitada por exemplo para produzir energia solar para o sistema de transportes públicos.

Esses transportes públicos, frisou, têm de ser mais eficazes, a funcionarem “a tempo e horas” e com novos instrumentos como as bicicletas partilhadas. E o próximo mandato será o da expansão do elétrico e não da sua diminuição, acrescentou.

Para continuar, salientou, será a construção de “pavimento confortável” (substituindo calçada portuguesa nalgumas artérias), como será o investimento na habitação, mobilizando mais de 300 milhões de euros para a reabilitação e construção de fogos, por privados, que reverterão para a Câmara no futuro. “Vai ser uma das prioridades centrais do mandato”, afiançou, explicando que as rendas dessas casas oscilarão entre os 300 e os 400 euros.

Medina lembrou que a autarquia já propôs ao Governo a criação de um favorecimento fiscal para quem faça alugueres de longa duração, porque “a instabilidade no direito à habitação é intolerável para o futuro da cidade de Lisboa”.

Fernando Medina, presidente da Câmara desde abril de 2015, quando substituiu o atual primeiro-ministro e líder socialista, António Costa, tem o apoio à candidatura “Lisboa precisa de todos” do Livre e dos movimentos independentes Cidadãos Por Lisboa (a líder Helena Roseta será cabeça de lista à Assembleia Municipal) e Lisboa é Muita Gente.

As eleições autárquicas estão marcadas para 01 de outubro.

[Notícia atualizada às 21:36]

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