O resultado foi anunciado pelo presidente da Mesa do Congresso, Fernando Ruas, logo após a votação da moção de Rui Rio para os próximos dois anos, intitulada “Do PSD para o país” e coordenada por David Justino. No documento, o presidente eleito do PSD defende o reposicionamento do partido no centro político e aponta a vitória nas eleições europeias de 2019 como “o primeiro sinal” para as legislativas do próximo ano.

A moção “Do PSD para o país” foi apresentada em dezembro, quando Rui Rio era ainda candidato à liderança, que disputou e venceu a Pedro Santana Lopes com 54,1% dos votos, em 13 de janeiro.

Sobre o partido, o antigo presidente da câmara do Porto defende que “o PSD precisa de se reencontrar consigo próprio para se reposicionar no lugar que é seu: num centro político alargado que vai do centro-direita ao centro-esquerda, de orientação reformista, e com inspiração na social-democracia e no pragmatismo social”.

No texto, Rui Rio considera que a mudança no PSD terá de começar pelas suas bases e aponta os próximos desafios eleitorais, mas sem se referir às regionais de 2019.

“Precisamos, em pouco menos de um ano e meio, preparar-nos para a vitória nas eleições europeias de junho de 2019. Desse sufrágio, retiraremos o primeiro sinal para nos tornarmos o partido mais votado nas legislativas de outubro de 2019 e, dois anos depois, queremos começar a recuperação da implantação autárquica do PSD”.

Quanto ao posicionamento do PSD em relação aos outros partidos, o presidente eleito social-democrata considera que “o interesse nacional e a defesa do bem comum são superiores princípios que secundarizam o interesse partidário imediato”.

“Seja no exercício da governação, seja como partido da oposição, o PSD não pode fechar-se a entendimentos sempre que aqueles superiores princípios estejam em causa”, defende, considerando que a busca pelo compromisso faz parte do legado histórico do partido.

Sobre a situação atual, em que o PSD é o maior partido da oposição, Rui Rio refere que existe uma responsabilidade acrescida de se constituir como uma alternativa reconhecida pelos portugueses, sublinhando que “sacrificar esta responsabilidade aos taticismos político-partidários ou a outros interesses particulares não faz parte da matriz ética nem da cultura política do PSD”.

Apesar de ser referido que a moção não é “um programa partidário, e muito menos um programa de Governo”, são identificados sete desafios críticos para Portugal: divergência económica com a Europa, desigualdades e assimetrias, insustentabilidade demográfica, modelo económico assente em baixas qualificações, elevada exposição às alterações climáticas, centralismo e corporativismo e a dívida externa.

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