Boutros Boutros Ghali nasceu no Egito em 1926 e foi secretário-geral da ONU de 1992 a 1996.

Intelectual brilhante, Butros Butros Ghali, que faleceu no Egito aos 93 anos de idade, foi o primeiro africano secretário-geral da ONU, apresentava-se como um "forte defensor do Terceiro Mundo".

Nascido a 14 de novembro de 1922 no Cairo, Butros Butros-Ghali veio de uma importante família da minoria cristã copta do Egito, casado com uma judia de uma família de renome de Alexandria. Muito ligado aos franceses, língua que falava perfeitamente, este professor de direito, grande conhecedor das relações internacionais, foi escolhido em 1992 para dirigir as Nações Unidas, com o apoio da França.

No final de 1996, Ghali teve de deixar a direção da ONU, após os Estados Unidos travarem uma verdadeira batalha contra a sua reeleição. O mundo anglo-saxónico não queria mais ver à frente da organização internacional uma pessoa que considerava "um homem da França".

Conquistou em 1997 o cargo de secretário-geral da Organização Internacional da Francofonia, onde permaneceu até 2002.

Ghali é neto de um primeiro-ministro egípcio assassinado em 1910 por um nacionalista. O seu currículo impressiona: formado em Ciência Política e doutor em Direito em Paris, em 1948. Foi professor na Universidade de Cairo, jornalista do poderoso jornal Al Ahram, foi membro, durante 14 anos, do governo egípcio sob o presidente Anwar Sadat.

Foi, ainda, um dos principais mediadores do tratado de paz egípcio-israelelita iniciado em Camp David em 1978 e assinado em 1979.

Em 1977, redigiu o discurso histórico pronunciado pelo presidente egípcio da época, Anwar Sadat, no Knesset, o parlamento israelita. Mas precisou ser deve ser auxiliado por um colega para escrever em inglês. "O inglês é a minha terceira língua, depois do árabe e do francês", confessou nas suas memórias este que grande amante do idioma francês.

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