Pressionado pela ofensiva para a libertação de Mossul composta pelo exército iraquiano e com o apoio da coligação internacional, o grupo extremista Estado Islâmico está a fazer “dezenas de milhares” de reféns, onde de incluem mulheres e crianças, denunciam as Nações Unidas, adiantando que estes reféns estão igualmente a ser utilizados como escudos humanos.

“O Estado Islâmico está a forçar a saída de dezenas de milhares de pessoas das suas casas para distritos à volta da Mossul”, adiantou a porta-voz da organização Ravina Shamdasani.

A ofensiva contra o autoproclamado Estado Islâmico está a aproximar-se da cidade, o que obrigou o grupo terrorista a enviar civis para zonas em torno de Mossul, para áreas estratégicas, onde estes servem de escudo humano.

Quem se recusa a obedecer às suas ordens é executado.

Na passada quarta-feira, foram executadas pelo menos 232 pessoas pelo grupo, denuncia a organização.

Esta quinta-feira, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução na qual manifesta o seu apoio à operação lançada pelo exército iraquiano com o apoio da coligação internacional.

No texto aprovado no hemiciclo de Estrasburgo — com 488 votos a favor, 11 contra e 128 abstenções -, os eurodeputados condenam veementemente a violência e as execuções em massa que continuam a ser perpetradas pelo EI no Iraque e o “regime draconiano” que impôs em Mossul, apelando ao pleno respeito dos direitos das diferentes minorias étnicas e religiosas no país, em particular os yazidis, os caldeus/siríacos/assírios e os turcomanos.

Esta posição foi adotada no mesmo dia em que o Parlamento Europeu atribuiu o “Prémio Sakharov” 2016 de Liberdade de Expressão a duas ativistas da comunidade yazidi do Iraque, Nadia Murad Basee e Lamiya Ali Bashar, escravizadas sexualmente pelo grupo Estado Islâmico durante meses.