As manifestações vão decorrer em Lisboa, Porto, Coimbra, Faro, Funchal e Ponta Delgada a partir das 15:00 e a organização espera milhares de motociclistas que querem mostrar ao ministro da Administração Interna que com “a sinistralidade não se brinca” e que os acidentes de viação combatem-se “com medidas consequentes e não com medidas avulsas”.

Neste segundo protesto do GAM, os motociclistas contestam “a manipulação dos indicadores de sinistralidade e do respetivo número de vítimas, em prol de lobbies económicos” e “as inspeções às motos que não vão alterar os índices de sinistralidade”, segundo um comunicado dos promotores.

Durante a manifestação em Lisboa, o GAM tem a intenção de entregar ao ministro Eduardo Cabrita e aos grupos parlamentares da Assembleia da República o ‘Manifesto Motociclista’, no qual considera que as medidas avançadas pelo Governo “apenas visam beneficiar o negócio das inspeções e das escolas de condução, à custa dos motociclistas e sem quaisquer benefícios em termos de segurança rodoviária”.

Em janeiro, o ministro da Administração Interna anunciou que as inspeções periódicas a motociclos vão avançar no primeiro semestre de 2018, justificando esta medida com o aumento do número de acidentes mortais com motociclos em 2017.

Fonte do Ministério da Administração Interna disse à Lusa que o secretário de Estado da Proteção Civil, José Tavares Neves, vai receber, na terça-feira, a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) e a Federação de Motociclismo de Portugal (FMP), após terem pedido uma audiência ao ministro.