Em declarações à Lusa, o coordenador sul do Sindicato Nacional dos Motoristas, Manuel Oliveira, avançou que houve “algumas tentativas de desmobilizar a luta por parte de terceiros”, mas que, ainda assim, e não dando números da adesão, adiantou que “pararam alguns” dos cerca de 60 motoristas camarários que se encontram na zona dos Olivais, em Lisboa.

“O grande motivo do descontentamento dos trabalhadores é o facto de existirem motoristas a receberem o salário mínimo nacional, o que é uma vergonha, com todo o respeito para as outras categorias profissionais”, frisou.

Manuel Oliveira lembrou que os motoristas trabalham no manuseamento de máquinas pesadas, “um trabalho com muita responsabilidade e com alguns perigos de segurança”, pelo que considera ser “inadmissível estar a receber menos 200 euros do que aqueles que trabalham no setor privado”.

Em causa estão os trabalhadores que operam viaturas empilhadoras, transporte de carga de detritos perecíveis (ramos de árvore por exemplo) e viaturas pesadas de remoção de resíduos urbanos.

Manuel Oliveira lamentou ainda que a Câmara Municipal de Lisboa, até à data, não tenha recebido o sindicado, que, pelo facto de ser independente e não estar afeto a nenhuma central sindical, também não tem assento em concertação social.

“O grande problema é que na concertação social estes trabalhadores não contam, como somos um sindicato independente não temos expressão. E os direitos dos trabalhadores não estão a ser defendidos”, sublinhou.

O líder sindical acrescentou ainda que o problema inicial que levou à marcação da greve até 09 de dezembro, foi a falta de estacionamento camarário.

Os cerca de 60 motoristas camarários vão deixar de ter estacionamento para viaturas próprias, já que a autarquia decidiu criar um corredor de bicicletas e instalar parquímetros na zona onde os trabalhadores estacionam.

“Estes trabalhadores entram ao serviço durante a madrugada, não tendo a possibilidade de usar transportes públicos. Havendo espaço dentro das instalações da Câmara Municipal, deveria ser dada possibilidade de estacionarem os seus automóveis, tal como o fazem outros trabalhadores camarários”, disse.

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