“Há algumas coisas que eu gostaria que estivessem prontas este ano e que não foi possível conseguir, antes de mais por incapacidade no tempo disponível de pôr tudo isto a andar”, afirmou em entrevista à agência Lusa Carlos Cabecinhas.

Segundo o responsável, o santuário, onde peregrina o papa Francisco a 12 e 13 de maio, gostaria de “ter feito uma intervenção mais profunda no recinto” do que a realizada.

“Gostaríamos de dispor já de um museu do Santuário de Fátima”, declarou, referindo que existe uma exposição permanente, “Fátima Luz e Paz”, e outra temporária em cada ano, mas a instituição gostaria de “ter um espaço permanente para o museu”.

Outro aspeto apontado pelo sacerdote prende-se com a difusão da mensagem de Fátima.

“Temos a perceção que para muita gente Fátima continua a ser a presença da imagem, seja a imagem da capelinha seja a imagem peregrina, que conhecem algo da história das aparições, ‘são três pastorinhos’, mas pouco mais”, declarou, considerando que “há muito para fazer em termos de conhecimento e divulgação da mensagem de Fátima”.

Salientando que o santuário se tem “esforçado nesse sentido”, o reitor reconheceu, contudo, que “muito ficou muito por fazer”, pelo que o pós 2017 “será o momento oportuno para continuar todos estes trabalhos”.

Sobre a visita do papa, disse que não tem “a mínima dúvida” que é o “momento alto” do seu reitorado, que iniciou a 11 de junho de 2011.

Então, em declarações à Lusa, afirmou-se disponível para estar à frente da instituição até 2017 e receber, por essa ocasião, uma visita papal.

Em maio do ano anterior tinha sido o diretor nacional das celebrações litúrgicas durante a visita do papa Bento XVI a Portugal.

“O poder ser reitor do Santuário de Fátima no ano do centenário das aparições e na visita do papa por ocasião do centenário das aparições é um enorme privilégio pelo qual me sinto grato”, declarou hoje.

Para o responsável, é “também uma enorme responsabilidade de quem percebe que tudo tem que fazer para que este seja um momento particularmente festivo na história do Santuário de Fátima”, mas também “particularmente festivo para todos os peregrinos que aqui acorrerão” para as celebrações e para ouvir o papa Francisco.

Carlos Cabecinhas disse ainda que “gostaria que 2017 fosse o ano de Fátima”.

“Gostaria que o ano 2017, ano do primeiro centenário das aparições, ficasse marcado por este acontecimento festivo de celebrarmos cem anos das aparições de Fátima, deste acontecimento e deste fenómeno que vai marcando tanta gente em todo o mundo”, acrescentou.