Aos 76 anos, Norberto conta à reportagem da agência Lusa que nunca tinha visto nada assim: o picoense fala do "Mestre Simão", barco da Atlânticoline que fazia a ligação entre o Faial e o Pico e que encalhou à entrada para o cais da Madalena a 06 de janeiro, sábado de manhã.

"Quando acordei vim à janela, estava o barco ali", disse o morador de há 15 anos numa das vivendas que se situa de frente para o cais.

Norberto viu os socorros prestados às 70 pessoas que se encontravam no barco, uma "operação muito boa, com calma, tudo correu bem", mas admite que "viu aquilo mal", temendo que o barco virasse e ferisse ou vitimasse mortalmente alguns dos passageiros.

O "Mestre Simão" é, de então para cá, uma imagem presente no dia-a-dia dos habitantes da Madalena, e não são raros os locais e turistas que olham atentamente para o barco - também é recorrente haver algumas embarcações técnicas a circular à sua volta.

"Já vi muita gente aí a olhar para isso, mas não sei o que estão à espera. Não sei qual a forma como vão retirar o barco dali", prossegue Norberto Oliveira Jorge, que advoga ser importante, nesta fase, evitar que o combustível do barco rompa para o mar.

Continua a decorrer um inquérito para apurar as causas do acidente na Madalena do Pico com o navio "Mestre Simão", de 40 metros de comprimento, que transportava, na altura, 61 passageiros e nove tripulantes.

O mestre que operava a embarcação nesse dia já foi ouvido pelas autoridades, mas a administração da Atlânticoline decidiu não o colocar ainda a trabalhar.

O navio deverá ter ainda cerca de 30 toneladas de combustível a bordo, admitiu já o presidente da Atlânticoline, Carlos Faias, que sublinhou que parte do combustível que se encontrava nos tanques do navio derramou, entretanto, para o interior do porto da Madalena do Pico, situação que obrigou à colocação de barreiras de retenção da poluição e a trabalhos de limpeza.

Nesta fase aguarda-se o avançar de um plano de trasfega do combustível que ainda está no barco.

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