A Fiat Chrysler foi acusada esta quinta-feira, 12 de janeiro, pela agência ambiental norte-americana (EPA) de ter adulterado os motores em 104 mil dos seus veículos a 'diesel' nos Estados Unidos para minimizar o nível real das emissões poluentes, uma estratégia muito parecida à levada a cabo pela Volkswagen.

A acusação levada a cabo pela EPA envolve veículos vendidos desde 2014 e pode ter como multa máxima um valor de 4,6 mil milhões de dólares (4,3 biliões de euros).

Sergio Marchionne, CEO da Fiat Chrysler, já veio a público negar o uso de qualquer programa de adulteração de veículos, e reafirmou o cumprimento de todos os regulamentos.

"Não fizemos nada de ilegal", disse. "Nunca houve intenção de criar um programa para manipular os testes de emissões de gases. É um absoluto disparate", sublinhou o CEO.

Marchionne revelou ainda que a multinacional ítalo-americana tem mantido conversações com a EPA e vai disponibilizar vários documentos.

Ações da Fiat Chrysler suspensas em Milão após queda de 16%

Os títulos da Fiat Chrysler foram hoje suspensos na bolsa de Milão quando desciam mais de 16%, após ter surgido na imprensa a informações sobre a acusação de manipulação de emissões em veículos a 'diesel'.

Na bolsa de Nova Iorque, os títulos da Fiat Chrysler registavam uma descida de 9,8% pouco depois das 15:30 (hora de Lisboa).

O caso "diselgate", que tem a Volkswagen como protagonista, conheceu esta quarta-feira, 11 de janeiro, o desfecho com a gigante alemã a declarar-se culpada e a pagar 4000 milhões de euros, um valor que se soma aos cerca de 17 mil milhões que a marca já se tinha comprometido a pagar para cobrir os custos do escândalo, que apareceu à luz do dia em setembro de 2015, nos EUA.

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