O relatório “o complexo de incêndios de Pedrógão Grande e concelhos limítrofes, iniciado a 17 de junho”, elaborado pelo Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais e coordenado por Domingos Xavier Viegas e entregue hoje à ministra da Administração Interna, concluiu que morreram neste fogo 65 pessoais, e não 64 como as que foram até agora contabilizadas.

“No ataque inicial ao foco de Escalos Fundeiros, foi desde logo reconhecido o seu potencial para se vir a tornar um grande incêndio, mas os meios disponíveis e o seu comandamento não se mostraram suficientes para controlar o incêndio, que apresentou uma dificuldade de supressão acima da média”, refere o documento encomendado pelo Governo.

O relatório, publicado no portal do Governo, adianta que “a ocorrência simultânea de outros incêndios na região e a falta de perceção da sua importância, nos vários escalões de decisão, levou a que não fossem utilizados mais recursos, nomeadamente mais meios aéreos pesados, no seu combate, no período entre as 15h00 e as 18h00”.

“Embora o processo de triangulação de meios previstos no SGO [Sistema de Gestão de Operações] tenha funcionado dentro do previsto, a reação ao agravamento da situação foi claramente tardia", sublinha o relatório.